domingo, 29 de junho de 2008

Busca frenética... (produto do ócio)

Ainda no mesmo ano do clip "Psicodélico", produzido em 89, eu resolvi empreender novamente na produção cinematográfica, desta vez, baseada no suspense.
Eu gostava muito de uma música do Emerson Lake and Palmer (Atualização: o Youtube censurou esta música e tive que trocar por outra) que tinha um clima meio Hitchcock e simplesmente resolvi criar um thriller de suspense.
Eu não sabia exatamente o que queria fazer, mas acho que o resultado ficou satisfatório, porque ninguém imagina o que estou procurando até o final do clip. Acho que esse curta-metragem tem os mesmos méritos que o "Sexto Sentido" e "A Vila" do diretor M. Night Shyamalan. Uma história tosca e um final totalmente surpreendente.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Psicodélico (produto do ócio)

Voltando um pouco no tempo... acabei de encontrar nas minhas empoeiradas fitas de VHS um clip que produzi em 1989, enquanto estava desempregado, recém-saído da faculdade e ainda sem saber o que iria acontecer comigo.
Meus pais tinham uma câmera de vídeo antigona que usei para ganhar alguns trocados filmando casamentos de amigos em Cambuquira e eventos especiais (mais adiante eu vou postar um vídeo destes "eventos especiais").
Por enquanto, vamos apenas contextualizar: naquele momento Fernando Collor havia acabado de assumir a presidência e tinha metido a mão no dinheiro de todos os brasileiros. As vídeo-cassetadas ainda não tinham chegado no Brasil, mas eu ganhei uma fita que minha tia Edith me mandou dos EUA com o programa "America's Funniest Home Videos", que fazia o maior sucesso.
Eu estava de boa na sala de casa e comecei a filmar os objetos que estavam por ali, peguei algumas imagens da TV e depois procurei uma música que gostava, para testar o recurso de dublagem de áudio da câmera (uma Panasonic M7).
Veja no que deu...

domingo, 13 de abril de 2008

FepesmigNet


Já comprava a Revista Internet.br (extinta em 2001) desde aquela época, por ser totalmente entusiasmado pelo tema sem nem mesmo ter experimentado a Web.
Foi quando, no começo de 1996, me convidaram para ser beta-tester do primeiro provedor de Internet do Sul de Minas: a FepesmigNet. O convite partiu de alunos meus que trabalhavam no provedor, do qual sou sócio até hoje, e que tinham dificuldade naquele momento até de explicar para as pessoas o que era um BBS e um provedor de Internet.
Foi um momento de descoberta e exploração.
Quem montou o BBS foi meu amigo, Prof. Ronei Ximenes, que instalou o software WorldGroup. Era associado à rede Pégasus. Você tinha que executar um discador (dial-up), rodar um socket (Winsocket) e entrar no cliente WolrdGroup. A maioria dos sites era em inglês. Havia pouquíssimos sites em português, portanto a maioria dos usuários se conectava para ficar no chat local (só dentro do BBS).
Imagem da primeira página do provedor como o slogan: "Uma Estrada que Começa em Varginha e Chega a Todos os Lugares do Mundo", chique no úrtimo.
Obs.: Repare que a página não estava preparada para o "bug do milênio", pois ela mostra o ano como 19108, em vez de 2008, quando a imagem foi capturada.

BBS Montanhês


Como eu não era muito paciente, comecei a procurar formas de me conectar a outros computadores.
Acabei descobrindo um BBS - Bulletin Board System - em Itajubá (160 Km de Varginha). Um BBS era um clube de troca de informações por computador, entre pessoas que moravam no mesmo local. Se quisesse se comunicar com alguém de fora, você precisava pagar caro pela comunicação à distância, assim como nas comunicações via telefone. A principal vantagem dos BBS's na época era que se podia conversar com pessoas e transferir programas de um computador para outro sem o uso de disquetes. Enorme evolução: A distância não importava mais.
A conta de telefone era o grande obstáculo, pois se eu ficasse 1 hora conectado ao BBS, pagava 1 hora de interurbano para Itajubá.
Nesta mesma época meu apêndice se rebelou contra mim. Me levou duas vezes ao hospital. Na primeira eu consegui escapar, assinando um termo de responsabilidade que eu estava saindo contra ordens médicas, mas na segunda eu pedi pelo amor de Deus para ser operado. Na foto: a minha demorada recuperação.

Primeiro BBS de Varginha

Nesta época eu tinha o hábito de ler o jornal O Globo, por influência de minha mãe, e já existia um caderno especial chamado "Informática Etc", editado por Cora Ronai, e que me inspirou muito em relação à tecnologia, principalmente a coluna do B. Piropo. Ouvia falar muito de interconexão de computadores via modem e BBS - Bulletin Board System, mas tudo parecia muito distante.
Em 1993, enquanto eu terminava minha pós-graduação em Análise de Sistemas, conheci algumas pessoas muitos inteligentes como Elton Ruas e Cláudio Moreno. Interessei-me pela internet, comprei uma placa de fax-modem e deixei de ser uma ilha.
Cheguei a criar um BBS em casa e pedia para os alunos acessarem, mas quase ninguém tinha um modem, então eu só tinha uns dois usuários no meu BBS (ainda bem, porque eu só tinha uma linha telefônica e só poderia ter um usuário conectado de cada vez). Não se tinha muita coisa para fazer no BBS mas era muito excitante ver dois computadores se comunicando (pura coisa de nerd...).
O software que eu usava chamava-se PC-Board, e veio gravado em um disquete como brinde em uma edição da revista PC-Magazine (se não me engano). Lembre-se que não havia como baixar software naquela época. Dependíamos de revistas, amigos e os piratas da Santa Efigênia em São Paulo para conseguirmos o que precisávamos (hard times).
Foto: tela principal do Sysop (operador do sistema) do PC-Board.

Primeiro PC


Ainda em 1991, durante uma aula na Escola Batista, eu perguntei aos alunos: sabem de algum lugar para eu morar em Varginha? O aluno Eduardo Ferreira, que hoje é meu grande amigo, ofereceu uma vaga em sua casa, a qual dividia com o irmão, que foi embora de Varginha.
Assim eu mudei de residência e precisava comprar um computador para preparar minhas aulas. Adquiri um kit completo, usado, de um amigo do Eduardo, chamado Rubinho, com um IBM-PC, monitor 14" de fósforo verde, uma impressora Olívia 132 colunas e a mesa que eu uso até o momento (2008).
O estabilizador pegou fogo um dia. Hoje não uso mais. Acho menos arriscado.
Também nessa época aconteceu um fato interessante: como era meu primeiro ano como professor, eu não sabia que no final do ano a gente recebe o salário de dezembro, mais o 13º salário, mais 1/3 de férias, mais o mês de janeiro adiantado. Fiquei numa felicidade quando tirei meu saldo e vi aquele dinheirão todo! Peguei a estrada para Porto Seguro. Torrei a grana toda em 10 dias de férias.
Duro foi descobrir na volta da viagem (tarde demais) que o próximo pagamento seria só no começo de março e isso ainda era o meio de janeiro. "Papaitrocínio" teve que entrar em ação novamente.

Datapro Varginha


No começo dos anos 90, a função de professor do ensino fundamental e médio (pelo menos no interior de Minas), deixou de ser um "bico", que as pessoas aproveitavam para complementar a renda, meio sem compromisso, e começou a ser uma profissão. Ainda bem!
Kazuo e Peixoto, empreendedores ousados, decidiram abrir uma franquia da Datapro em Varginha e precisavam de professores de informática. Ôps! Tô garrado.
Eu e Márcio Moreira fomos os primeiros professores aprovados pela Datapro, o que aumentou a renda e a quantidade de horas trabalhadas.
Numa sucessão de fatos marcantes e felizes, ainda em 1991, conheci a patroa (olha a alegria do casal!).
Nessa época eu saía de Cambuquira para Varginha às 6 da manhã, dava aulas até às 23 horas e pegava a estrada na Parati 84, que visitou o matagal a beira da rodovia umas 2 vezes, enquanto eu adormecia ao volante.
Chegou a hora de mudar, por uma questão de sobrevivência (messsssmo).

Telecommuting


Ainda morava em Cambuquira e viajava diariamente para Varginha para ganhar o pão-de-cada-dia. Quando fiz as contas, o que eu ganhava, era exatamente o que eu gastava de combustível para colocar no carro que meu pai me emprestou para poder trabalhar fora de casa (ah... aquela Parati cinza).
Eu não achava que aquilo ia dar em alguma coisa, mas em algum momento, ainda meio impreciso, as coisas começaram a mudar.
Havia um crescimento de interesse por cursos de informática e a profissão de professor, ainda muito desvalorizada, começou a mudar de status.
Credito esse feito ao Sinpro, Sindicato dos Professores de Minas Gerais, que fez milagre naquela conturbada época de transição de moedas.

1º de Abril de 1991

Depois de desistir do Rio de Janeiro e voltar à Cambuquira meu pai ouviu na rádio Vanguarda que a Escola Batista de Varginha (50Km de casa), estava precisando de um professor de informática.
Nossa conversa (eu e meu pai) foi longa (eu teimava ainda que tinha estudado para ser desenvolvedor de sistemas). Ele tentando me convencer de que, quem fez faculdade pode dar aulas, mesmo sem ter nenhuma experiência nem interesse pela educação. Ele venceu a discussão e eu fui fazer uma entrevista com o diretor Emiliano Souza.
Início imediato. Eles estavam no desespero para substituir um professor (Eduardo, do Rio de Janeiro) que havia pedido demissão no meio do semestre letivo.
Minha amiga Dorinha, que aparece em pé na foto acima (enquanto eu estou agachado cuidando da ampola), previu tudo isso nas cartas do Tarô, em um banquinho da praça central de São Tomé das Letras. Na época eu não acreditei muito não (desculpe Dorinha), mas depois as coisas foram acontecendo do jeitinho que ela disse.
Me tornei professor de Análise de Sistemas do curso Técnico em Processamento de Dados da Escola Batista de Varginha. Haja DFD... (Diagram de Fluxo de Dados).

Desenvolvendo o País



Ainda bem que pude escolher onde fazer o estágio, pois havia muito mais vagas do que profissionais para preenchê-las na época. Fui trabalhar no BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - no Rio de Janeiro. Conheci muita gente boa, como Alexandre, Elisa, Rivas, Arnaldo, Sato e outros. Programava em linguagem Natural com banco de dados Adabas. Cheguei a mexer um pouquinho com Dialog (versão pirateada do DBase III Plus) e virei um especialista no editor de texto Carta Certa. Na época as estatais eram obrigadas a comprar software nacional, por pior que fossem, e isso fez com que muitas empresas brasileiras mal intencionadas, copiassem descaradamente softwares em inglês e os traduzissem para o português. Maldita reserva de mercado!

Enfim: computador como profissão


No final de 1989 tive que pedir demissão da D2 FM e começar a procurar um estágio na área de computação. Fiz teste em diversas empresas. Na Itautec, em São Paulo, onde 9 dos meus colegas passaram, eu fui reprovado porque fui sincero demais: quando me perguntaram o que eu esperava para os próximos 10 anos, eu disse que queria trabalhar pouco e ganhar muito. Fui reprovado no teste, mas fui mal compreendido. Eu queria dizer que, com as tecnologias que eu iria desenvolver, todos iriam trabalhar muito menos, porque o computador trabalharia para nós ;-)
Mas eles não entenderam assim e eu fui fazer outros testes.
Queriam que eu trabalhasse na função de "marketing de pré-venda" em uma empresa chamada Quantum, em São Paulo. Eu não quis na época. Hoje aceitaria, mas a empresa não existe mais. Mal sinal...
Perdi uma vaga para emprego na extinta Cia. de Papel Pirahy, no estado do Rio, porque peguei uma catapora um dia antes da entrevista (alguns dizem que a catapora foi devido ao medo do trabalho... maldade).
Outro lugar onde fui aprovado na seleção de estágio foi na Mesbla, no Rio, que também não existe mais.

Música e Bits


Muito antes de ir para Sta. Rita, eu já adorava música e rádio. Montei, junto com meu amigo Augusto Celso Ignácio, a primeira rádio FM da minha cidade: Novo Horizonte FM. Sucesso total!
Primeiro por que era a única e depois porque não tinha propaganda. Seu único defeito é que nós não tínhamos como sobreviver com aquilo, pois era uma atividade, digamos assim... não totalmente legal.
Em 1987, a Rádio Difusora AM de Sta. Rita estava lançando sua versão FM e eu estava lá: hora certa e local certo.
Meu amigo, Cacá Henrique, grande locutor e estudante de Telecomunicações no Inatel, me chamou para fazer um teste. Eu acho que o teste foi meio manipulado, pois trabalhei como locutor por dois anos na D2 FM, mesmo sem ter muita competência (apesar do tesão enorme que eu tinha por tudo aquilo).

Tico e seu Unitron


1986 e 1987.
Tive a sorte de ter um colega, e depois amigo, chamado Luiz Fernando de Assis Moura Arêas (vulgo Tico), que tinha um Unitron (clone do Apple II) onde podíamos fazer alguns trabalhos em Basic e Cobol.
Na verdade eu fazia muito pouco dos trabalhos, mas estava sempre presente para animar a moçada, com minhas piadas espirituosas (pensava eu).
Como eu morava em uma pensão, nunca pude levar meu MSX de Cambuquira para Sta. Rita e só o utilizava quando estava na casa de meus pais, em férias ou feriados. Assim, concordamos em vendê-lo em 1987 (se você que comprou, está lendo este post, por favor entre em contato para me informar o que foi feito com uma fita cassete que tinha todos os softwares que eu criei naquela época).
Juntos, Paulão (Mudo), Fábio (Franguinho), Luiz Fernando (Tico) e eu, passamos muitas noites em claro "tentando" fazer trabalhos de Pascal e Assembler no esfumaçado quartinho que o Tico algugava (éramos quatro fumantes). Que horror...!

Univac e HP3000: Alta tecnologia


Quando entrei na faculdade, me disseram que o computador da FAI - Faculdade de Administração e Informática de Santa Rita do Sapucaí - tinha sido da NASA. Fiquei impressionadíssimo... minha boa impressão só se desfez quando soube que a NASA o doou como sucata ao Brasil, nos anos 60, quase trinta anos antes de eu utilizá-lo.
O Univac era nossa única opção, pois era o único computador para todos os alunos. Para algumas aplicações específicas ainda tínhamos que viajar até a vizinha cidade de Itajubá (40 Km) para poder testar nossos programas em Fortran no HP3000 (único computador da Universidade Federal de Itajubá, naquela época).
Não foram tempos fáceis...

Santa Rita me iluminou


Havia duas possibilidades então: estudar Administração de Empresas em Três Corações , a 20 Km de casa, ou alçar vôos mais distantes, como a faculdade de Informática em Sta. Rita do Sapucaí, que ficava a 120 Km de casa.
Confesso que não escolhi pelo curso, mas pela oportunidade de sair de casa, viver algo diferente. Eu era meio ousado.
No início de 1986 eu me mudei para Sta. Rita e não me esqueço da cena que vi pela TV da explosão do ônibus espacial Challenger (que momento chocante!).
Aliás, passei em 2º lugar no vestibular.

Foto: Trote (fev/1986)

Faculdade = Maturidade?


Final de 1985.
Formatura do ensino médio e, a princípio, eu não queria estudar e não tinha nenhum interesse em continuar na área de TI. Eu queria trabalhar no posto de gasolina no meu primo Thompson, em Angra dos Reis, e tocar maraca (ou marimba) no conjunto de samba que ele liderava.
Parecia um ótimo plano de carreira, mas meus pais não concordavam nada com isso.
Depois de muita briga e discussão doméstica, meu pai me convenceu (pela força) de que era melhor eu fazer faculdade (qualquer uma), do que trabalhar com ele na padaria (era o negócio familiar), pois ele já tinha sabotado meus planos junto ao meu primo Thompson.
Trabalhar na padaria significava acordar às 4 da madrugada todos os dias.
Vou fazer facul! De que?

Foto: Onde está Wally?

Muitas Limitações


Não era nada fácil ser um nerd, aficionado em alta tecnologia, numa cidade de 10 mil habitantes, há 23 anos atrás (Cambuquira).
Não havia com quem trocar idéias, dicas, softwares... Eu estava isolado.
Quem vive no mundo de blogs e conectividade total, não faz idéia do que era o isolamento informacional que se impunha sobre nós nos anos 80.
Interessante, que mesmo assim, com todas as limitações, o tesão pela informática (era o nome que se dava para TI na época), sobreviveu.
Pedi a meus pais que comprassem algum material de consulta, tal como a enciclopédia INPUT (que tenho até hoje), para que eu tivesse algo o que fazer com o computador. Foi ótimo!
Criava alguns jogos de lógica, baseados em texto, que sempre acabavam com alguma piadinha e que divertiam a todas as visitas na casa dos meus pais.
O investimento não tinha sido em vão...

Finalmente, um Expert


Começo de 1985.
Que momento agradável! Chegar em casa, abrir a caixa e montar um equipamento da mais moderna tecnologia, no meu quarto, onde eu poderia exercitar todo o meu poder sobre aquela máquina avançadíssima.
Só os nerds entendem esta sensação.
Liguei meu Expert e... o que eu poderia fazer com ele?
O único software que acompanhava o micro era o MSX Basic, gravado em sua ROM.
Ou eu o programava para fazer alguma coisa, ou eu veria eternamente apenas um prompt piscando na minha TV Philips, preto e branco, de 20 polegadas.
Não era um brinquedo tão interessante quanto eu supunha, massss...

Graças à CCE


A CCE nunca foi conhecida pela boa qualidade de seus produtos e, quando eu cheguei em casa com o meu computador novinho em folha, foi uma enorme decepção: não funcionou.
Eu morava a 20Km de distância da loja e não podia voltar lá imediatamente para reclamar ou devolver. Tive que esperar uma longuiiiiiiiiiissima semana para voltar à loja e efetuar a troca.
Para minha enorme sorte e nem tanto da minha mãe (que teve que pagar a substancial diferença de preço), não havia outro MC-1000, mas apenas um MSX Expert Gradiente.
Não é possível hoje estimar seu preço, mas devia ser mais que o dobro do CCE MC-1000.
Generosa, como sempre foi, mamãe achou que seu filhinho ficaria melhor servido com aquele computador e assinou o cheque.
Mal sabia ela, as conseqüências daquele gesto...

Venci pela insistência


Depois de algumas semanas de repetição do meu mantra, houve resultados: minha mãe me levou até uma loja (IRNOG - Irmãos Nogueira) em Três Corações para comprar um computador: momento de júbilo!
Eu não entendia nada de computadores e me parece que, apostando que aquilo seria apenas mais um brinquedo brevemente abandonado, o melhor era comprar o mais barato.
Eis que a CCE vendia na época um microcomputador chamado MC-1000. Pequeno, prateado e mais barato que o outro que estava em exposição na loja.
Mamãe comprou!
Filhinho feliz!

O primeiro computador a gente nuca esquece...


Como todo adolescente que não tem um pingo de paciência, atormentei meus pais durante meses dizendo que eu "precisava" de um computador. Na verdade, nem eu mesmo sabia para que eu precisava de um, mas esse era meu mantra: "eu quero, preciso e mereço um computador".
Acho bom dizer que, na época (1984), não era fácil comprar um computador, até porque muitas pessoas nunca tinham visto um deles.
Mas algumas empresas do ramo de eletrônicos, tais como Sharp, Gradiente e CCE, enxergaram essa oportunidade de vender microcomputadores para uso doméstico (o que já vinha acontecendo nos EUA há uns 7 anos) e começaram a oferecer este produto nas mesmas lojas onde já vendiam TVs, equipamentos de som e outros gadgets.

Spectrodados


A história toda começa com um curso de programação em linguagem Basic, anunciado na Escola Estadual de Três Corações, onde eu estudava o 2º ano do ensino médio, em 1984.
Havia um cartaz sobre o curso de programação de computadores em um dos quadros de avisos e aquilo era um acontecimento inédito.
Imagine um curso de informática em uma escola pública há 22 anos atrás... Enchi o saco de meus pais durante alguns dias até eles aprovarem e financiarem o curso.
A empresa era de Pouso Alegre e o laboratório de informática inteiro viajava no porta-malas de um Alfa-Romeu vermelho do professor, que vinha todos os sábados e descarregava todos os 6 micros TRS-80, de 8 bits, mais 6 aparelhos de TV preto e branco que serviam de monitores na sala emprestada pelo colégio.
Ali eu senti pela primeira vez, quando escrevi RUN e dei ENTER, que algo poderia obedecer minhas ordens, mesmo que fosse uma máquina estúpida.
Eu, então com 16 nos de idade, descobri que era mais inteligente do que o "cérebro eletrônico....!!!"

domingo, 9 de março de 2008

Meu primeiro post ;-)


Ok,
Confesso que não é meu primeiro post porque eu tenho alguns outros blogs onde eu sempre postei outras coisas. Na verdade essa é uma tentativa de organizar todas as informações interessantes (penso eu) que já publiquei na web e que estão dispersas em centenas de sites e blogs sem conexão nenhuma.
Minha idéia aqui é criar um hub com links para todas as coisas que eu acho legais.
Minha esperança ao publicar este blog é descobrir que possam haver pessoas que se divirtam e se encantem com as mesmas bobagens que atraem minha atenção.
Acho que esse é um bom começo.
Té+